Mostrando postagens com marcador Falando Sério. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Falando Sério. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Receitinha Despretenciosa


Se quiser viver, não adie. O imponderável se intromete na vida da gente. Como patas de um gato, as unhas do destino se alongam querendo estancar o curso de nossa história. O imprevisto é peçonhento e estraga os projetos mais queridos. Antecipe-se ao imponderável e beije, abrace, converse. O agora é estrela cadente, asteróide nômade. Faça cada instante valer uma eternidade. O já não passa de uma piscadela; o hoje, de fenda entre o ainda não e o que acabou.
Se quiser viver, não tema. Arrique-se. Decidir é vulnerar-se; querer, expor-se; desejar, atirar-se à mercê do outro. Ferida de decepção dói menos que desterro de inação. Todos os amantes carregam cicatrizes. Seus estigmas, mesmo antigos, são visíveis. Atreva-se a caminhar sem blindagem. Arranque o elmo. Jogue fora o escudo.  Não se enclausure. Não evite o olhar de quem lhe pede afeto. Seja terno com quem lhe espezinha.
Se quiser viver, não anseie. Sossegue. O possível, nem sempre o melhor, é matéria prima do contentamento. A alma implora por descanso. Reconheça os avisos do corpo quando avisa que as descargas hormonais desequilibram o metabolismo.  Dê um passo de cada vez. Espere pelo amanhã. Desista do controle dos circuitos, solte o cabo da nau. Não corra na frente da aragem que antecipa a madrugada. Basta a cada oportunidade o seu próprio mal. Tranquilize-se.
Se quiser viver, não fuja. Enfrente-se. As nódoas da alma podem transformar-se em câncro; as culpas, em fardos; as inadequações, em aleijões existenciais. Transgressão pode deixar de ser um pecado mortal. Aprenda com os seus tropeços. Cresça com as mazelas. Reconceitue humildade como coragem de admitir limites, fragilidades, incapacidades.
Se quiser viver, não escarneça. Ouça. Tradição é a história que os antepassados selecionaram para que amadureçamos. Os enganos de outrora não precisam ser repetidos. Não quebre a cabeça com teoremas já demonstrados. Poupe o coração de injunções aparentemente inéditas que os compêndios trataram exaustivamente. Atente para os provérbios populares. Escute os avós.
Se quiser viver, medite. Mire as conchas que a maré triturou, que pavimentam a praia; o ócio do leão, feliz com a prole bem alimentada; o sol que se fatiga no lusco fusco da tarde. Devagar, procure as entrelinhas da poesia, o imarcescível da narrativa, a dignidade da biografia. Escute, de olhos fechados, os violinos, as gaitas, os trompetes, os pianos, os realejos. O universo pulsa, descubra o seu ritmo.

por Ricardo Gondim

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A Vida Passa...

...em um piscar de olhos! Portanto, o dia de viver é hoje! A hora é agora! Faça sua vida valer a pena!


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Verdade Absoluta

A todo tempo terá alguém pra confrontar a sua verdade. Está pronto para defendê-la?

sábado, 10 de julho de 2010

Silas Malafaia x Silas Malafaia

É isso mesmo! A galera do Genizah Virtual preparou um vídeo mostrando o discurso do Silas Malafaia antes e o que ele diz agora. Não é de nosso interesse tecer críticas a pessoas aqui, sendo nosso interesse exclusivo confrontar idéias! Mas achei interessante o paralelo feito, por isso o vídeo! E você, qual dos Malafaias prefere?




Obs: Olha a diferença que um bigode faz! hehe...
Obs²: Israel, não fique nervoso! auheueah...

por Samoel Jr.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Pescando em Aquário!


Muitas coisas me revoltam! Muitas mesmo! Mas tem algumas que não só me revoltam, também tiram todo o respeito que tenho por determinados grupos, determinadas idéias.
Evangelizar é algo muito difícil! É subir os morros, ir às periferias, falar do amor de Cristo com quem mal sabe o que é amar. É falar do amor de Cristo com quem acha que isso é caretice, dar a cara à tapa, se doar pelo resgate de outros. Isso tudo é muito difícil! Muito mesmo! É preciso persistência, porque nem sempre se vê retorno. É preciso coragem, porque nem sempre se é bem vindo. É preciso renúncia, porque de algumas coisas será necessário abrir mão. É preciso paciência, pra ir com a calma necessária. É preciso constância, pra não perder oportunidades. Não é fácil, mas o que está em jogo são vidas! São almas, vale a pena!
O que me deixa enraivecido (e espero que, passado esse desabafo, essa raiva se amenize), é o trabalho que algumas pessoas, igrejas, denominações ou grupos fazem. Visando angariar membros, aumentando o seu rol e produzindo mega-igrejas, se empenham em convencer pessoas que já foram constrangidas pelo amor de Cristo e que estão trabalhando em outras igrejas, a se ajuntarem a eles. Prometem o mundo inteiro. Cargos, lideranças, tentam demonstrar que em suas igrejas a galera é “mais animada”, o trabalho é mais “avivado”, mais interessante e acabam levando essas pessoas a abandonarem o ministério em que atuam, o grupo com quem congregava, a galera que sempre esteve ali. As vítimas geralmente são as pequenas igrejas e aquelas que passam por um momento difícil, aquelas que mais precisam da força dos membros.
Você vê as pessoas que seguram as rédeas com você, que trabalhavam com você, se vendendo às empolgações de grupos que só querem ostentar mega instituições! Isso é pescar em aquário! É ir atrás daquele que já não é mais arisco, aquele que já está produzindo em outro lugar, que é necessário em outro lugar. É querer crescer a preço do desfalque dos outros. E quem trabalha na igreja sabe, principalmente em pequenas igrejas, o quanto o trabalho de cada pessoa é importante.
Que fique claro! Encher igreja de membros de outras igrejas não simboliza crescimento, não no reino! É mais uma simulação maliciosa que demonstra a baixeza, imaturidade e covardia de alguns. Quer que sua igreja cresça? Que vá alcançar quem ainda não foi alcançado! Não seja covarde! Tem gente morrendo sem Cristo lá fora! E quem abandona seus companheiros no momento de crises e dificuldades para participar de algo mais interessante ou “animado”, nunca mereceu mesmo estar no meio deles.
A quem ainda não se vendeu, permaneça firme, sua congregação precisa de você e de sua força, da sua garra! Seja forte! 

Fica o desabafo!



por Samoel Jr.

sábado, 26 de junho de 2010

Louvor: Tem que ser teologicamente correto?


Muito vejo falar a respeito deste assunto. Alguns acreditam que o louvor, e aqui me refiro principalmente à questão musical, deve ser rigorosamente correto em relação à teologia. Outros já dizem que não, que o louvor deve ser espontâneo, venha o que vier, importa que seja espontâneo. Então eu gostaria de tecer alguns comentários a respeito deste assunto. Claro, sem o interesse de esgotar o tema.
Em primeiro lugar, qual é a natureza do louvor? A música em si não acrescenta nada na relação homem e Deus. Deus procura aqueles que O adorem em Espírito (João 4:23). Além disso, a música entoada não aumenta um milímetro, sequer, da glória de Deus, que não é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse (Atos 17:25). Ou seja, a música, como algo de ordem física ou material que é, não acrescenta em nada no louvor a Deus, porque a sinceridade do coração do homem já é absolutamente suficiente para isso. A relação com Deus não se pauta em coisas materiais, mas sim no Espírito.
No entanto, há várias passagens bíblicas que incentivam o uso da música. A música dedicada a Deus, estimulada pela Bíblia, não tem a finalidade de agradar ou aumentar a glória de Deus, que se alegra é com o coração. Na verdade, a música, como algo material, se destina às pessoas. Deus já conhece o coração, mas a música é a tradução ou representação, para os que estão à volta, da relação entre aquele que canta e Deus. Isso é, a música traduz no plano material a relação espiritual que temos com Deus. É uma forma de mostrarmos o quão boa ela é àqueles que não têm uma boa relação com o Pai, ou de edificar aqueles que já têm um bom relacionamento com Deus, para que prossigam neste relacionamento.
Visto isto, retornamos à pergunta do título deste texto. A relação que devemos ter com Deus é explicada pela Bíblia. É a Bíblia que indica o que somos pra Deus e o que Deus deve ser pra nós. Assim, o tipo de relação que deve haver entre o homem e Deus é trazida pela Bíblia. Logo, se a música é a tradução, a representação dessa relação, caso ela seja teologicamente errada, quer dizer que a relação que temos com Deus é incorreta, não está de acordo com o que a Bíblia ensina, e que estamos divulgando uma relação com Deus inadequada para os demais. Dessa forma, o louvor musical teologicamente incorreto é o resultado de uma relação inadequada com Deus e prejudica os demais, pois divulga uma relação que não é a relação que Deus quer que tenhamos com Ele.
Assim, só a título de exemplo, cito as mais diversas músicas relacionadas à famigerada teologia da prosperidade. As músicas retratam claramente a relação entre os que cantam e Deus, que é a de requerente e requerido, este é o vínculo que a música demonstra. Ela reflete a relação do homem com Deus que, neste caso, o homem é um ser que exige bênçãos o tempo todo de Deus e Deus o cede, à medida que o homem se sacrifica em prol disso. A relação refletida na música é a de berganha, homem e Deus negociando. E as pessoas vão aprendendo que esta relação é boa.
Em suma, se a música dedicada a Deus não é biblicamente correta, isso quer dizer que a relação do que louva com Deus também não está correta e ocasionará que os demais aprenderão, com esta música, a ter a mesma relação com Deus que tem aquele que a canta, uma relação fora dos moldes bíblicos.



por Samoel Jr.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Reverência, coerência e educação

A maioria das pessoas incomodadas com o mau comportamento de alguns poucos nas celebrações coletivas da Ibab me procura fazendo referência e paralelo ao comportamento mais respeitoso que se pode observar nas salas de teatro e cinema. Qualquer pessoa minimamente familiarizada com os espetáculos artísticos e culturais conhece as regras que preservam a boa qualidade dos eventos: os horários devem ser respeitados; os celulares devem estar desligados; crianças não entram; conversas são interrompidas por um psiu! coletivo; e os que, por alguma razão, precisam se deslocar durante o espetáculo recebem olhares de reprovação. No teatro, por exemplo, quem chega atrasado fica de fora, aguardando para entrar durante o intervalo. Os artistas no palco recebem como insulto grave qualquer desrespeito às regras tácitas, e não poucos se sentem pessoalmente ofendidos pelos que as desrespeitam.
A comparação entre o comportamento das pessoas que participam dos eventos artísticos, culturais e esportivos, com as que participam dos cultos e celebrações religiosas obedece à lógica do tipo "se a gente respeita a casa de espetáculos, quanto mais a Igreja, a casa do Senhor" ou "as pessoas respeitam mais os artistas do que Deus".
Isso me faz lembrar o comentário que recebi de um irmão quando, pela primeira vez, subi ao púlpito usando camisa e gravata, dispensando o paletó: "Você faria isso se fosse se encontrar com o Presidente da República?". Minha resposta, que na ocasião calei, seria: "Deus não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está aparente, e Deus vê o coração", e arremataria comentando que Jesus ensinou que, para adorar a Deus, não importa o terno ou o gravata, pois "Deus é Espírito, e importa que os que o adoram, o adorem em espírito e em verdade".
A velha noção de "reverência na casa do Senhor" já não encontra muito espaço no meu coração. Primeiro porque o conceito de reverência remete a uma relação protocolar e impessoal, onde não há espaço para espontaneidade e intimidade, próprias das relações afetivas, que buscamos, inclusive e principalmente, com Deus. Também porque o auditório para a celebração cristã não é "casa do Senhor", pois "Deus não habita em templos feitos por mãos humanas, mas no templo de pedras vivas, construído por Jesus em sua ressurreição, que por isso mesmo atende pelo nome de corpo de Cristo".
As razões que tenho para me comportar adequadamente, seguir as mí nimas regras sociais, respeitar as pessoas responsáveis pelos eventos em que participo e acatar suas orientações, não apelam para motivos como "a majestade e a santidade do nome do Senhor nosso Deus". No meu caso, faço o que faço por pelo menos duas razões.
A primeira é que acredito na necessidade de coerência: quando vou ao cinema, quero assistir ao filme; no estádio, quero assistir ao futebol; e na celebração cristã, quero dedicar minha atenção a Deus. Como pode ver, sou pragmático, não gosto de perder ou desperdiçar tempo e oportunidades, e não me agrada deixar escorrer entre os dedos possibilidades que não voltam nunca mais. William Temple disse que "cultuar é avivar a consciência pela santidade de Deus, alimentar a mente com a verdade de Deus, purificar a imaginação pela beleza de Deus, abrir o coração ao amor de Deus e devotar a vontade aos propósitos de Deus". Não acredito que isso seja possível num ambiente repleto de distrações e gente displicente.
A segunda razão é educação mesmo.

Autor: Ed René Kivitz - Pastor da Igreja Batista de Água Branca

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um Gesto de Amor!

E aí, já fez o seu hoje? O dia ainda está no início, tempo é o que não falta! Tenho certeza que lá fora há um montão de gente esperando por você!

domingo, 20 de junho de 2010

Inveja: o bom é o do outro

Sabe quando a grama do vizinho é bem mais verde que a sua? Quando o que te satisfaz é o que outro tem e não o que você precisa. Veja:


Deus nos dá as coisas na medida certa, não o quanto queremos, mas o quanto precisamos.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Quem mexeu na minha cultura?


Há um tempo, escrevi sobre a necessidade da desmistificação da Igreja. À época, contei uma ilustração de um pastor que colocou o paletó no púlpito, desceu da parte alta do templo, onde ficava o púlpito, e propôs aos ouvintes que, quem quisesse dar atenção ao paletó, que ficasse à vontade. Já o pastor, falaria do amor de Cristo.
Na ocasião, falei das coisas mesquinhas que supervalorizamos, em detrimento do que é essencial e realmente interessante. Hoje a ilustração é a mesma, com uma proposta diferente.
No Brasil, nós acabamos por importar em grande escala elementos de outras culturas que não se assemelham em nada à nossa realidade. A ilustração utilizada mostra um perfeito exemplo disso. Vivemos em um país predominantemente quente e, por vezes, queremos ver os líderes, chefes, doutores e etc., engravatados. A utilização do paletó tem origem em países frios, porque está ligada aos aspectos climáticos de lá, não de cá.
No meio cristão não foi diferente! Acabou por surgir a idéia de que os responsáveis por levar o cristianismo, tinham que levar junto e impor a cultura que tinham. O problema é que a moda pegou! E hoje, a tendência é de querermos que o indivíduo, no ato da entrega de sua vida a Cristo, se torne como nós, viva como se fosse criado em nossa cultura, cultue a Deus como nós fomos ensinados a fazer, que se comporte como nós fomos treinados a nos comportar.
Cristianismo e cultura não são a mesma coisa. Cada povo (e no Brasil costuma-se dizer que existe um povo de vários povos) tem sua bagagem cultural, aquilo que aprendeu, a realidade social em que esteve inserido, o seu estilo de vida. Não é nem saudável impor os louvores hillsongianos àqueles companheiros tupiniquins que preferem o samba, o sertanejo e o baião. Tampouco é saudável exigir que nosso povo se adeque a uma liturgia séria e extremamente formal, já que se trata de um povo extremamente alegre e agitado. Isso não é saudável, nem necessário. A nossa cultura não é melhor e nem pior do que a cultura de ninguém.
Necessário é que se leve a mensagem salvadora de Cristo e que cada um entenda a grandeza dessa mensagem e viva, seja em ritmo de samba, capoeira, baião, música clássica ou rock, o amor que Cristo dispensou a nós.



por Samoel Jr.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

6 Razões Para Não Nos Preocuparmos

Recentemente enquanto folheava o capítulo 6 do Evangelho de São Mateus atentei-me para uma relação de versículos bastante interessante: seis razões para não nos preocuparmos com o "amanhã".

1 - Preocupar-se com o futuro prejudica os esforços a que você está se dedicando no presente.

2 - A preocupação demonstra falta de e de entendimento a respeito de Deus.

3 - Deus não ignora aqueles que dependem d'Ele.


4 - A Preocupação nos impede de dar atenção aos verdadeiros desafios aos quais Deus deseja que nos dediquemos.

5 - Os detalhes da sua vida podem ser confiados ao mesmo Deus que criou vida em você.

6 - Viver um dia de cada vez evita que sejamos consumidos pela preocupação.



Adaptado da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

terça-feira, 15 de junho de 2010

O Medidor de Bondade

Como vão suas obras? Tem feito coisas boas o suficiente para cobrir as más? Só que quando se trata de céu o assunto é diferente. Confira e descubra.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Lutando pela Igreja


            O nome “Igreja” está se tornando tão rechaçado que muitos podem pensar que a instituição está falida. Para muitos, se você pertence a uma igreja significa que você tem que pagar o carnezinho do dízimo. Algumas prometem o dinheiro que pagou em mercadorias (bênçãos), e se não pagar em dia seu carnê, o anjo do SPC vai te visitar e vai transferir sua dívida para ser paga na farmácia. As promessas de uma vida rica e confortável são a principal chamada do convite. A roupagem que se dá para os seguidores vestirem é um fardo pesado, roupas brancas que não podem se sujar, pois nem o sangue de Cristo consegue limpá-las. E de que adianta estar vestido de branco, se tem no rosto um sorriso amarelo?

            De fato muitos estão desistindo desta instituição, recorro ao apelo para aqueles que ainda têm um fio de esperança, que se recordem que a igreja é um projeto de Deus, através dela é que os milagres podem acontecer. Milagres mesmo, os apóstolos faziam muitos milagres e maravilhas... todos os que criam estavam juntos e unidos e repartiam uns com os outros o que tinham. Vendiam suas propriedades e outras coisas e dividiam o dinheiro com todos de acordo com a necessidade de cada um. [Atos 2. 43 a 47]. Atribuímos toda responsabilidade de todo milagre a Deus. Não se engane. O poder é todo dele, mas a responsabilidade de muitos milagres é nossa.

            Lutando pela igreja, porque Deus não tem um plano B. Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela. Ele fez isso para dedicar a Igreja a Deus, lavando-a com água e purificando-a com sua palavra. E fez isso para também poder trazer para perto de si a Igreja em toda sua beleza, pura e perfeita, sem manchas, ou rugas, ou qualquer outro defeito. [Efésios 5. 25 a 27]

           Se não existe plano B, é hora de arregaçar as mangas e mostrar serviço. Cuidado pra não jogar a água suja da banheira com o bebê dentro. Ainda existe a parte boa da maçã e que necessita ser preservada.

por Kelisson Farias

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A Ponte

Quem de nós teria tanto amor? Deus entregou o seu Filho Amado, pra pagar um preço tão caro por um bando de gente que não estava nem ai pra Ele (nós). Até quando vamos ficar esperando que Deus mostre seu amor por nós e nos encha de bençãos? A benção maior já foi dada, e por um preço caro demais! Só nos resta agradecer e viver segundo essa gratidão.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Filão Religioso



As Casas Bahia disputam o mesmo mercado que a Magazine Luiza. As duas lojas se engalfinham para abocanhar o filão dos eletrodomésticos, guarda-roupas de madeira aglomerada e camas de esponja fina. Buscam conquistar assalariados, serralheiros, aposentados e garis. Em seus comerciais, o preço da geladeira aparece em caracteres pequenos, enquanto o valor da prestação explode gigante na tela da televisão. A patuléia calcula. Não importa o número de meses, se couber no orçamento, uma das duas, Bahia ou Luiza, fecha o negócio - o juro embutido deve ser um dos maiores do mundo.
Toda noite, entre oito e dez horas, a mesma lengalenga se repete nos programas evangélicos. Pelo menos quatro “ministérios” concorrem em outro mercado: o religioso. Todos caçam clientes que sustentem, em ordem de prioridade, os empreendimentos expansionistas, as ilusões messiânicas e o estilo de vida nababesco dos líderes. Assim, cada programa oferece milagres e todos calçam suas promessas com testemunhos de gente que jura ter sido brindada pelo divino. Deus lhes teria abençoado com uma vida sem sufoco. Infelizmente, o preço do produto religioso nunca é explicitado. Alardeia-se apenas a espetacular maravilha.
Considerando que a rádio também divulga prodígios a granel, como um cliente religioso pode optar? Para preferir uma igreja, precisa distinguir sobre qual missionário, apóstolo, pastor ou evangelista, Deus apontou o dedo. E se tiver uma filha com leucemia aguda, não pode errar. Ao apelar para uma igreja com pouco poder, perde a filha.
O correto seria freqüentar todas. Mas como? Em nenhuma dessas igrejas televisivas o milagre é gratuito ou instantâneo. As letrinhas, que não aparecem na parte de baixo do vídeo, afirmariam que, por mais “ungido” que for o missionário, um monte de exigência vem embutida na promessa da bênção. É preciso ser constante nos cultos por várias semanas, contribuir financeiramente para que a obra de Deus continue e, ainda, manter-se corretíssimo. Um deslize mínimo impede o Todo Poderoso de operar; qualquer dúvida é considerada uma falta de fé, que mata a possibilidade do milagre.
Lojas de eletrodomésticos vendem eletrodomésticos, óbvio. Igrejas evangélicas comercializam a idéia de que agenciam o favor divino com exclusividade. E por esse serviço, cobram caro, muito caro. Afinal de contas, um produto celestial não pode ser considerado de quarta categoria. A "Brastemp" espiritual que os teleevangelistas oferecem vem do céu.
O acesso ao milagre se complica, porque todos mercadejam o mesmo produto. Os critérios de escolha se reduzem a prazo de entrega, conforto e garantia.
Opa, quase esqueci! As lojas, em conformidade com o Código do Consumidor, são obrigadas a dar garantia, mas as igrejas evangélicas não dão garantia alguma. O cliente nunca tem razão. Quando a filha morrer de leucemia, o pai, além de enlutado, será responsabilizado pela perda. Vai ter que escutar que a menina morreu porque ele “deu brecha” para o diabo, não foi fiel ou não teve fé.
Mercadologicamente, Casas Bahia e Magazine Luiza estão bem à frente das igrejas. Melhor assim, geladeira nova é bem mais útil do que a ilusão do milagre.


extraído
Leia mais

domingo, 30 de maio de 2010

Xô, Satanás!


Calma, talvez o título pareça sugerir, mas você não está prestes a ler um texto mirabolante, que trará a fórmula secreta para você espantar o capiroto. Aliás, isso não exige fórmulas ou ritos.
Há alguns (vários) anos atrás, o grupo Asa de Águia gravou uma música que, com um tom de deboche (e talvez eu até esteja equivocado quanto ao deboche) dizia “Na casa do Senhor não existe satanás. Xô Satanás!”. Essa música fez um sucesso imenso. Era cantada tanto nas farras e festas, quanto de forma gozada por alguns. Enfim, essa música tocava em todo lugar.
Atualmente, muitos costumes têm sido difundidos no meio cristão. Eu costumo chamar esses costumes de superstições, por atribuírem caráter místico a determinadas coisas e fatos. O que mais se vê falar nesse meio gospel é em campanhas de libertação. Alguns movimentos evangélicos criam uma espécie de campanha de libertação pra cada setor da vida. Aliás, a cada dia os rituais vão ficando mais específicos. É um ritual necessário pra isso, outro pra aquilo e por aí vai. A cada dia se descobre um novo ritual para libertar o cristão de determinada maldição, amarra ou qualquer coisa que seja.
Eu começo a desconfiar que o grupo Asa de Águia falou uma grande verdade: “Na Casa do Senhor não existe Satanás!”. A nova aliança firmada por Jesus Cristo traz uma mensagem enfática quando diz que nós somos a Casa do Espírito Santo. Cristo afirma que quando o homem conhece a verdade, é liberto. Jesus Cristo é A Verdade. Ou seja, o encontro genuíno com Jesus Cristo é capaz de libertar o homem por completo. Não é necessário realizar campanha disso ou daquilo. É Jesus quem liberta, BASTA conhecê-lo genuinamente. Negar essa verdade é negar a auto-suficiência de Cristo, é negar a palavra de Cristo. Em Cristo não há maldição, “amarra do maligno” (conforme manda o jargão), correntes disso e daquilo e etc. Cristo liberta por completo!
Se Cristo entrou em nossa vida, estamos libertos. Passamos a ser a Casa DEle e ele nos moldará, com a boa técnica que só O Oleiro tem. Afinal, na casa do Senhor não existe Satanás!


por Samoel Jr.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Era uma igreja muito engraçada

...não tinha teto, não tinha nada.
            Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, sonhei com uma igreja esquisita. Ela não tinha muros, piso, púlpito, bancos ou aparelhagem de som. A igreja era só as pessoas. E as pessoas não tinham títulos ou cargos, ninguém era chamado de líder, pois a igreja tinha só um líder, o Messias. Ninguém era chamado de mestre, pois todos eram membros da mesma família e tinham só um Mestre. Tampouco alguém era chamado de pastor, apóstolo, bispo, diácono ou Irmão. Todos eram conhecidos pelos nomes, Maria, Celso, Domingos, Tereza, Marta, Samoel, Gabriela...
            Todos os que criam pensavam e sentiam do mesmo modo. Não que não houvesse ênfases diferentes, pois Paulo dizia: “Vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem das obras, para que ninguém se glorie”, enquanto Tiago dizia: “A pessoa é aceita por Deus por meio das suas obras e não somente pela fé”. Mas, mesmo assim, havia amor, entendimento e compreensão entre as pessoas e suas muitas ênfases.
            Não havia teólogos nem cursos bíblicos, nem era necessário que ninguém ensinasse, pois o Espírito ensinava a todos e cada um compartilhava o que aprendia com o restante. E foi dessa forma que o Agenor, advogado, aprendeu mais sobre amor e perdão com Dinorá, faxineira.
            Não havia gente rica em meio a igreja, pois ninguém possuía nada. Todos repartiam uns com os outros as coisas que estavam em seu poder de acordo com os recursos e necessidades de cada um. Assim, César que era empresário, não gastava consigo e com sua família mais do que Coutinho, ajudante de pedreiro. Assim todos viviam, trabalhavam e cresciam, estando constantemente ligados pelo vínculo do amor, que era o maior valor que tinham entre eles.
           Quando eu perguntei sobre o horário de culto, Marcelo não soube me responder e disse que o culto não começava nem acabava. Deus era constantemente cultuado nas vidas de cada membro da igreja. Mas ele me disse que a igreja normalmente se reunia esporadicamente, pelo menos uma vez por semana em que a maioria podia estar presente. Normalmente era um churrasco feito no sítio do Horácio e da Paula, mas no sábado em que eu participei, foi uma macarronada com frango na casa da Filomena. As pessoas iam chegando e todos comiam e bebiam o suficiente.
           Depois de todos satisfeitos, Paulo, bem desafinado, começou a cantar uma canção. Era um samba que falava de sua alegria de estar vivo e de sua gratidão a Deus. Maurício acompanhou no cavaquinho e todos cantaram juntos. Afonso quis orar agradecendo a Deus e orou. Patrícia e Bela compartilharam suas interpretações sobre um trecho do evangelho que estavam lendo juntas. Depois foi a vez de Sueli puxar uma canção. Era um bolero triste, falando das saudades que sentia do marido que havia falecido há pouco tempo. Todos cantaram e choraram com ela. Dessa vez foi Tiago que orou. Outras canções, orações, hinos e palavras foram ditas e todas para edificação da igreja.
           Quando o sol estava se pondo, Filomena trouxe um enorme pão italiano e um tonelzinho com um vinho que a família dela produzia. O ápice da reunião havia chegado, pela primeira vez o silêncio tomou conta do lugar. Todos partiram o pão, encheram os copos de vinho e os olhos de lágrimas. Alguns abraçados, outros encurvados, todos beberam e comeram em memória de Cristo.
            Acordei com um padre da Inquisição batendo à minha porta. Junto dele estavam pastores, bispos, policiais, presidentes, ditadores, homens ricos e um mandado de busca. Disseram que houvera uma denúncia e que havia indícios de que eu era parte de um complô anarquista para acabar com a religião. Acusaram-me de freqüentar uma igreja sem líderes, doutrina ou hierarquia; me ameaçaram e falaram: “Ninguém vai nos derrubar!”. Expliquei: “Vocês estão enganados, não fui a lugar nenhum, não encontrei ninguém ou participei de nada... aquela é apenas a igreja dos meus sonhos”.

por: Tonho [foi coordenador do UG -Min. Jovem do Portas Abertas]
texto e foto retirados do blog http://pavablog.blogspot.com

terça-feira, 25 de maio de 2010

Igreja: Algo a ser desmistificado


Determinado pastor sobe ao púlpito, retira o paletó e pendura no pedestal. O paletó fica lá, pendurado ao pedestal, frente ao púlpito. O pastor, então, desce do ressalto que leva ao púlpito e, mais ou menos no mesmo local onde estão os membros, propõe: “Quem quiser prestar atenção no paletó, pendurado ao púlpito, que o faça! Para os demais, eu venho falar do amor de Cristo.”
Essa pequena ilustração tem um significado que vai além de o sentido literal das palavras. Ela retrata uma idéia que precisa ser trabalhada em todos, enquanto seres humanos, e principalmente em nós, enquanto cristãos.
Temos cultivado, por anos, o hábito de valorizar mais as coisas e costumes do que as pessoas, do que o valor que as pessoas têm. Estipulamos regrinhas, diga-se de passagem, extremamente mesquinhas, montamos perfis de super crentes, queremos produzir uma aparência de super (ou melhor, pseudo) santidade. O cristão tem que ser um indivíduo de cara fechada, que não brinca, que não ri, que não chora, que não erra e que é extremamente rigoroso em relação às santas leis, aos santos costumes. Criamos um perfil de “crente”!
O templo, por sua vez, é um lugar extremamente sagrado. Ali todo mundo é mais santo, então não se pode fazer nada que o nosso legalismo não permite. Os músicos são “levitas” (da tribo de Levi!?) e precisam ser cristãos especiais, que se encontram em um outro patamar dessa hierarquia religiosa. O pastor é o super sacerdote, então tem que ser um super santo, e aparentar isso (frise-se o "aparentar"). O culto é um ritual extremamente sério, então as pessoas que vão ministrá-lo têm que ter uma unção especial pra fazê-lo. Os demais membros, meros mortais, têm que torcer pra serem alcançados pela graça, não de Cristo, mas dos super crentes, que abençoam ou deixam de abençoar, ao bel prazer, e os anjos movem céus e terra a fim de cumprir a soberana vontade destes semi-deuses. E a benção de Deus passa a exigir determinados rituais, grandes determinações de milagres, ou uma contribuiçãozinha voluntária aqui, ou ali.
Bem, eu ainda acredito que vamos cair na real. Sim, entender que a igreja é composta de humanos. Abandonaremos então o nosso glamour religioso, assumiremos que somos pessoas naturais e que entre nós não há hierarquia. Os cultos deixarão de ser as liturgias e o templo passará a ser somente um local onde a Igreja se reúne. Assumiremos que não são as coisas, costumes ou hábitos que santificam o homem. Chegaremos à feliz conclusão que precisamos uns dos outros, e que dependemos inteiramente de Deus. E Ele, pela infinita misericórdia, nos ajudará a sermos servos uns dos outros, valorizando as pessoas e não as máscaras que as enfeitam.



por Samoel Jr.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Excelência e Amor


Padre Antônio Vieira contou uma breve parábola sobre o amor.

            Certo homem saiu para caçar. Tentou acertar vários animais, mas errou todos. Ruim de pontaria e mal sucedido em abater um bicho que alimentasse a família, voltava triste para o lar. A poucos metros da porta de casa, viu uma cobra enrolada no pescoço do filho caçula. Sem hesitar retesou o arco e flechou a serpente. Acertou-lhe em cheio e salvou a vida do filho.
         Vieira então pergunta: “O que fez o pai para acertar a cabeça da áspide, se era um péssimo caçador, ruim de pontaria?”. Por que, de repente, o homem fez-se exímio no arco e flecha? Vieira responde: “O amor”. O amor sempre forja especialista, sempre cria excelência. As pessoas tornam-se criteriosas devido ao afeto.
           Alcance a excelência nos seus atos acrescentando amor nos seus procedimentos. Aplique-se um pouco mais, quem ama o que faz não permite o “de qualquer maneira”. Fazer o que se ama nem sempre depende de nós, mas ainda é possível amar o que se faz.


por Kelisson Farias

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Era Dunga

            Uma manhã de terça-feira esperançosa para muitos, uma tarde e noite de terça-feira de muita discussão. Dois ou três reunidos e o nome falado era “Dunga”. Os milhares de “Dungas” espalhados em nosso país estavam loucos para falar, queriam fazer valer suas opiniões. Desejo contraditado, críticas realizadas.
           O desejo de se apreciar um futebol encantador em Copa do Mundo é unânime para todo brasileiro, queremos olhar para o banco e poder dizer: _ Vai lá Ganso, resolve! Neymar, humilha! Enfim, nosso desejo foi frustrado, seria uma emoção muito grande ver esses garotos brilharem com a amarelinha nesta copa, mas não será desta vez.
            Brasil será campeão do mundo, não é uma previsão, muito menos profecia, porém é uma esperança e confiança no trabalho que está sendo feito. Enquanto o Sr. Carlos Caetano Bledorn Verri ¹ é criticado, faço uso dessas palavras para louvar o seu trabalho, a coerência de seus atos, a liderança nata e a capacidade de motivar o grupo. Todos nós sabemos que o fim é o título, e Dunga sabe melhor do que ninguém, que não importa o meio que utilize, seja a vontade dele ou do povo, se consegue o título é herói, não consegue é vilão. O estilo retranqueiro, com jogadores contestados, era o estilo do time Tetracampeão de 94. Depois de 24 anos de espera, superando a campanha conturbada de 90, onde as empresas entravam no futebol, a imprensa alojava-se na concentração, uma tremenda bagunça. Esse foi o time campeão, jogadores que tinham disciplina, que estavam motivados, transpiravam patriotismo, concentração blindada.
            Para um esporte de muita emoção é bom ter a certeza de que o comando deste time concilia toda essa emoção com uma boa dose de razão. Juntando-se como habilidade de alguns e comprometimento de outros, nos resta ainda um pouco de sorte na disputa. Que o revés se mantenha distante, que a torcida seja tamanha e a alegria completa com o título.

¹ DUNGA

por Kelisson Farias