Não raramente, eu me vejo em situações, no mínimo, engraçadas. Pessoas, ao se depararem com alguns comportamentos ou palavras, abrem mão da capacidade que lhes foi dada de pensar e refletir sobre tudo, para utilizarem-se dos peculiares jargões e pensamentos difundidos no meio cristão.
Durante séculos, várias coisas vieram sendo ensinadas, a ferro e fogo, por parte dos mais diversos segmentos religiosos. Líderes, com seus pontos de vista, criaram os mais diversos posicionamentos sobre os mais diversos temas. A doutrina virou uma loucura! Isto é absolutamente normal, quando sabemos que vivemos em um Estado laico, e que cada um pode acreditar em o quê e como quiser.
Acontece que, por vezes, aderimos, sem qualquer questionamento, a este emaranhado de informações e doutrinas que foram impostas pelos mais diversos líderes, o que formou um verdadeiro sincretismo religioso. Pensamos que o fato de alguém usar terno e gravata e ter um público considerável, nos isenta da responsabilidade de reter o que é, e só o que é, bom.
Reter o que é bom, significa questionar tudo. E não quero dizer aqui que a pessoa deve se tornar alguém chato ou brigão, mas sim que deve verificar coisa por coisa do que lhe é falado, para só depois disso se posicionar a respeito do assunto. Quando não é assim, nos guiamos pelo que os outros pensam, ficamos à mercê da irresponsabilidade e conveniência de supostos super crentes, não sabemos responder os questionamentos que nos são lançados, não sabemos, sequer, porque pensamos daquela maneira. Definimos se algo é certo ou errado e pronto, só porque alguém falou.
Não é isso que Deus espera de nós, devemos ser como os bereanos, que tudo examinavam. No final das contas, tudo o que vai além do evangelho de Cristo será deixado de lado por nós, e poderemos então viver a verdadeira liberdade que nos foi dada, livres do pecado e de dogmas impostos por homens, que como nós, também podem se corromper ou errar.
por Samoel Jr.
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